Fazer Cerâmica tem lá sua história!

Para se fazer cerâmica é preciso apenas estar aberto a experiências, aberto a desafios, aberto ao aprendizado.
É apenas sentir e se deixar levar. Mas, levar pra onde? Não importa, o que realmente importa é relaxar, se soltar, voltar a ser criança, desenhar com as mãos, sujar as mãos! Ser instintivo, deixar de pensar.
No cotidiano as imposições sociais exigem que sejamos lógicos, rápidos, concretos. E onde colocamos nossas emoções?
O primeiro contato com a argila, quando sujamos as mãos, às vezes ficamos receoso, incomodados. Mas ao se deixar levar pela massa argilosa surgem também as possibilidades de criar e logo algum domínio sobre a forma, ai os sentimentos mudam, as preocupações externas ficam fora do pensamento e passamos a viver apenas o momento, esse momento!
Criar com argila é aprender ou reaprender muitas coisas. Deve-se ter respeito com a massa, não adianta querer apressar, tem que ter paciência, agir com os princípios básicos e naturais.
Trabalhamos com limites bem diferentes daqueles do dia-a-dia comum. Às vezes perdemos, mas sempre aprendemos, só precisamos estar abertos ao aprendizado. E quando a relação entre mãos e argila se dá com sentimentos, nos encontramos e ai tudo flui, simplesmente flui. É pura troca de energia.
Tecnicamente falando, o fazer cerâmica é estudar sempre, pesquisar muito e isso, acontece simplesmente fazendo, refazendo muito. Intuindo. É preciso gostar, se dedicar e se identificar.
Pesquisar formas, texturas, cores; desde o mais simples artesanato até a mais fina porcelana, passando pelo decorativo, utilitário, esculturas e painéis.
Não se tem exato o tempo em que a cerâmica entrou na vida do homem, temos relatos bem, mas bem distantes, lá no paleolítico. Acredita-se que o acaso seja co-autor deste fato, pois quando o homem passou a entender o processo do plantio e coleta de mantimentos, também começou a se interessar em trabalhar com o barro que ficava próximo dos rios, descobriu que se o deixasse secar, este se tornava resistente e servia para guardar a colheita. É possível que algum destes recipientes tenha caído no fogo, ficando mais resistente e atraindo a atenção para um novo produto: a cerâmica. Produto mais firme, onde se podia guardar e transportar inclusive água e ainda mantendo por mais tempo a qualidade dos grãos colhidos.

A partir disso, a criatividade transbordou e objetos decorativos e de adoração também foram criados. Para pintar, utilizavam argilas coloridas e resinas de árvores, mesmo material usado nas pinturas das cavernas.

Desde então, a cerâmica faz parte das nossas vidas e de nosso cotidiano. Está presente nos produtos de beleza, no isolamento das naves espaciais e redes de alta tensão; está na informática, na engenharia e setores médicos/odontológicos, além de nos servir alimentos todos os dias e decorar nossas casas.

A cerâmica, argila queimada, é um recurso natural que nos acompanha a tanto tempo que é possível contar a evolução da humanidade através de sua evolução e uso.


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